segunda-feira, abril 18, 2005

Pastelaria

[ou Não era uma pata de veado, se faz favor]

O que fazer quando os únicos bolos que se consegue identificar são palmiers e mil-folhas, e não nos apetece nem uma coisa nem outra? E quando se confunde sistematicamente merendinhas com milanezas, tendo, porém, a certeza que não gostamos mesmo nada de uma das referidas variedades? Aponta-se, claro. Não há problema nenhum.

Assim fiz eu: dedo esticado do lado de cá da vitrina. Depois desinteressei-me do processo de embrulho e fiquei a olhar para o ar. Até que, ao meu lado, uma voz preocupada murmurou: “a senhora não pediu uma pata de veado, pois não?”. “Err... eu queria um destes aqui” – voltei a apontar. “Pois, um jesuíta. É que o empregado está a embrulhar-lhe uma pata de veado”.

A solução, parece-me, passa por descer mais um quarteirão e comprar uma sandes.

2 comentários:

Anónimo disse...

Então afinal comeste a pata de veado, o jesuita ou a sande?

Ana Galvão disse...

O jesuíta, claro. O empregado lá teve de desembrulhar a pata de veado e embrulhar o jesuíta.