JOAQUIM: Por aqui passo. Também costumo estar Debaixo da Ponte ou parar na Ponte a Pé. Volto sempre à Ponte, que é onde eu estou bem, e raramente lá passo a pé. Entretanto muita água vai passando, debaixo da Ponte da Pedra.
INÊS: Os meus posts serão arbitrários, preconceituosos, incoerentes e peremptórios. Quando forem (ou seja: quando eu achar que são). Quando não forem queiram desconsiderar esta advertência.
terça-feira, março 29, 2005
Façam o favor de sair
segunda-feira, março 28, 2005
Viagem à roda do meu nome: De carrinha.
Fiz a primária num colégio chamado Jardim Infantil Luso-Suíço; o mais parecido com mandar as filhas estudar para a Suiça que os meus pais arranjaram. Ia para a escola na carrinha do Sr. Oliveira que tinha como "hospedeira" a D. Arlete (a quem todos nós chamávamos de "Arrelete", sabíamos lá dizer Arlete. ainda hoje não sei se é assim que se escreve, deve ser francês).
O Sr. Oliveira gostava de mim, apesar de eu ser uma terrorista, e convidava-me a sentar à frente, ao pé dele. Eu assim fazia, quase sempre, porque era uma grande distinção. O Sr. Oliveira também tinha a particularidade de, sempre que a viagem ia adiantada em relação aos horários impostos, parar no jardim em frente ao cemitério dos Prazeres e deixar-nos ir brincar por uns 20 minutos, sob a vigilância dele e da D. Arlete. Ele não queria ser, nem era, só o motorista da carrinha. A carrinha do Sr. Vieira nunca teve metade da piada.
Todos os dias, de manhã e à tarde e durante anos a fio, quando eu entrava na carrinha o Sr. Oliveira dizia "Olá Inês, estás cá outra vez?"
quinta-feira, março 24, 2005
Quem gosta?...
segunda-feira, março 21, 2005
É de ir às Almas...
quarta-feira, março 16, 2005
Monte Kilimanjaro sem neve e gelo
O monte Kilimanjaro está sem neve e gelo pela primeira vez nos últimos 11 mil anos. Segundo a organização Climate Change, que distribuiu a fotografia aos ministros da Energia e do Ambiente que estão reunidos em Londres para discutir as alterações climáticas, este facto confirma a rápida mudança em curso sobre o maciço vulcânico, que tem 5892 metros e está situado entre o Quénia e a Tanzânia.
Viagem à roda do meu nome: O chinês
Tinha eu uns seis meses e o meu primo Filipe quase dois anos. Fomos a casa dos meus tios e o Filipe, habituado a ser a coqueluche por ser o mais pequenito, começou a ficar muito incomodado com a atenção que me era dispensada. Preocupado com o seu território, tentou perceber como é que os adultos me chamavam e, às tantas, arriscou indo perguntar aos pais: "aquele bebé chinês hoje dorme cá?"
[isto é o que me contam porque eu não me lembro muito bem]
Estamos no Governo
terça-feira, março 15, 2005
A chegada ao Porto
segunda-feira, março 14, 2005
sexta-feira, março 11, 2005
Mala-Posta de Ponte da Pedra
quinta-feira, março 10, 2005
Entrar no pesadelo
Segunda porta: Olhava com ansiedade para o écran. Estávamos com aqueles presságios terríveis. O médico calado procurava em vão a vida, num coração a bater, como nos meses anteriores, em sessões em tudo idênticas. Não havia! Prometemos voltar, e voltámos, passados uns tempos, a ver um ponto a palpitar naquele écran, recriando as nossas esperanças.
terça-feira, março 08, 2005
Amor aos pedaços
Chico Buarque (1978)
1. Feijoada completa (Chico Buarque)
2. Cálice( Chico Buarque - Gilberto Gil) Participação: Milton Nascimento
3. Trocando em miúdos (Chico Buarque - Francis Hime)
4. O meu amor (Chico Buarque) Interpretação: Elba Ramalho / Marieta Severo
5. Homenagem ao malandro (Chico Buarque)
6. Até o fim (Chico Buarque)
7. Pedaço de mim (Chico Buarque) Interpretação: Zizi Possi
8. Pivete (Chico Buarque - Francis Hime
9. Pequeña serenata diurna (Silvio Rodriguez)
10. Tanto mar (Chico Buarque)
11. Apesar de você (Chico Buarque)
Pequenos nadas
Sérgio Godinho - Pano-Cru (1978)
1. A Vida É Feita de Pequenos Nadas
2. O Primeiro Dia
3. O Galo É o Dono dos Ovos
4. Balada da Rita (do Filme "Kilas, o Mau da Fita")
5. Venho Aqui Falar
6. Lá Isso É
7. Feiticeira
8. O Homem-Fantasma
9. 2.o Andar, Direito
10. Pano-Cru
segunda-feira, março 07, 2005
Almas censuradas
José Mário Branco - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades (1971)
1. Abertura (Gare d'Austerlitz)
2. Cantiga para pedir dois tostões
3. Cantiga do fogo e da guerra
4. O charlatão
5. Queixa das almas jovens censuradas
6. Nevoeiro
7. Mariazinha
8. Casa comigo Marta
9. Perfilados de medo
10. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades
sábado, março 05, 2005
Discos com histórias
sexta-feira, março 04, 2005
O outro "Malandro"
Kurt Weill - Bertolt Brecht (versão livre de Chico Buarque 1977/78)
O malandro/Na dureza
Senta à mesa/Do café
Bebe um gole/De cachaça
Acha graça/E dá no pé
O garçom/No prejuízo
Sem sorriso/Sem freguês
De passagem/Pela caixa
Dá uma baixa/No português
O galego/Acha estranho
Que o seu ganho/Tá um horror
Pega o lápis/Soma os canos
Passa os danos/Pro distribuidor
Mas o frete/Vê que ao todo
Há engodo/Nos papéis
E pra cima/Do alambique
Dá um trambique/De cem mil réis
O usineiro/Nessa luta
Grita(ponte que partiu)
Não é idiota/Trunca a nota
Lesa o Brasil/Do Brasil
Nosso banco/Tá cotado
No mercado/Exterior
Então taxa/A cachaça
A um preço/Assustador
Mas os ianques/Com seus tanques
Têm bem mais o/Que fazer
E proíbem/Os soldados
Aliados/De beber
A cachaça/Tá parada
Rejeitada/No barril
O alambique/Tem chilique
Contra o Brasil/Do Brasil
O usineiro/Faz barulho
Com orgulho/De produtor
Mas a sua/Raiva cega
Descarrega/No carregador
Este chega/Pro galego
Nega arreglo/Cobra mais
A cachaça/Tá de graça
Mas o frete/Como é que faz?
O galego/Tá apertado
Pro seu lado/Não tá bom
Então deixa/Congelada
A mesada/Do garçom
O garçom vê/Um malandro
Sai gritando/Pega ladrão
E o malandro/Autuado
É julgado e condenado culpado
Pela situação
Outra coisa
Estava a contar com uma coisa mais negra, dramática e violenta, com um humor essencialmente irónico. Era assim que imaginava a representação e acho que o filme também transmitiu essa imagem.
Acabou por ser um bocado revisteiro. Eu gostei, mas como se fosse outra coisa que não a "minha" Ópera do Malandro.
[Vamos lá ver se consigo pôr isto a tocar. Copiei quando passou por aqui.]
O Malandro revisitado
Melhor que nunca!
Só é pena que a audiência já tenha mais de 50, sinal de que o tempo não pára.
Ah, o amor! Como anda arredado das nossas vidas, ocupadas com coisas fúteis. E o desejo, onde se alimenta? Sim, porque o pecado mora sempre ao lado!
Da Ópera do Malandro, diz-se que é o melhor espectáculo musical: «Tem tudo, humor sem ser grotesco, romantismo, realismo, sentido de oportunidade, política. Esta é que é a Arte Total de Wagner, a total kunst ...», e ainda uma espécie de oráculo sobre os tempos vindouros: «Ali se vê o passado a ser enterrado pelo futuro que se adivinhava – aquele hedonismo marginal a ser substituído por outros ‘malandros’ executivos, com mais poder e mais incompetentes».