JOAQUIM: Por aqui passo. Também costumo estar Debaixo da Ponte ou parar na Ponte a Pé. Volto sempre à Ponte, que é onde eu estou bem, e raramente lá passo a pé. Entretanto muita água vai passando, debaixo da Ponte da Pedra.
INÊS: Os meus posts serão arbitrários, preconceituosos, incoerentes e peremptórios. Quando forem (ou seja: quando eu achar que são). Quando não forem queiram desconsiderar esta advertência.
quinta-feira, setembro 28, 2006
quinta-feira, setembro 21, 2006
Dois anos após
segunda-feira, setembro 18, 2006
Histórias do Colombo - Imagine
domingo, setembro 17, 2006
Auto-retrato
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mão por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades,
(digno de moças mil) num só momento,
Inimigo de hipócritas e de frades;
Eis Bocage, em que luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou cagando ao vento.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Histórias de Anadia
Em Anadia (reparem nesta precisão de linguagem, nánadia diria um qualquer ignorante) havia uma Escola Primária, onde eu andei, ao cimo do Jardim, entretanto transformado para empedrado e repuxos, onde começava a Avenida, ladeada de plátanos, por onde ia a pé para o Colégio, no principio dos anos 60. Era um grande edifício, com primeiro andar, com dois corpos iguais, para rapazes e raparigas, com os respectivos recreios à frente, separados, e protegidos por um gradeamento alto. O Mercado Municipal (ou a Praça, como se dizia) era ao pé dos Correios, e tinha um grande espaço em terra batida onde eu jogava futebol, no verão, ao fim do dia (trepávamos o muro para lá entrar e usufruíamos do espaço onde às quartas e sábados se instalavam os vendedores). O Tribunal era então no primeiro andar da Câmara Municipal, que se situa numa praça na continuação do Jardim, e que, vista de frente, tinha ao seu lado esquerdo, num edifício contíguo, a Prisão.
Um ministro da justiça do antigamente, de seu nome Antunes Varela, desatou a fazer tribunais novos (os Domus Ivstitiae) e Anadia não quis ficar de fora. Qual era o melhor local no centro da vila? Era o da Escola Primária! E assim se fez o majestoso edifício inaugurado em 1966 (ver referência aqui). Foi necessário entretanto encontrar uma solução de recurso para a Escola Primária e lá foram os miúdos para o palacete da Condessa de Vinhais, com pisos em soalho e más condições para albergar tão irrequieta população.
Mobilizaram-se as forças vivas para a construção da Escola e lá conseguiram que a obra se concretizasse, mas adivinham qual foi o local escolhido?, muito central e tudo? Certo, foi na Praça. E então a Praça passou a ser realizada, durante uns anos, no largo do Cabecinho, na rua, junto aos passeios, o que motivou que, numa revista, levada à cena na Festa das Vindimas (que se realizava nos jardins do palacete de José Luciano de Castro), se referisse que “os vendedores andam com os tomates pelo chão”.
A saga continuou com a construção da Praça, uns anos mais tarde, com acesso pelo local onde era a Prisão (ignoro para onde levaram os presos) e depois à construção de uma nova Prisão junto ao Cemitério, onde, desta vez, não havia nada construído, pelo que, por volta dos fins dos anos 70, a situação estabilizou. Das evoluções e desenvolvimentos recentes já não tenho informação fiável.