segunda-feira, abril 17, 2006

Histórias do desconhecido

Um desconhecido, que foi a minha casa, andou em cima dos meus chinelos Lacoste. Deixou-os sujos junto à banheira e percebi logo que era para eu os passar por água e pôr a secar. Está por provar a origem do lenho detectado na sola. Em cima do lava louça, virado ao contrário, como se estivesse lavado, estava o cinzeiro, sujo, apenas despejado no caixote do lixo, onde as beatas ficaram a aboborar. Percebi logo que era para o lavar e arrumar no sítio. Uma ponta de cigarro ficou apagada num vaso da varanda. Creio que a mensagem era de liberdade, tipo: o meu cinzeiro é o mundo. Também a removi, e à própria planta que de tão sequinha deve ter sugestionado este acto irreflectido. Só não percebi a da meia velha abandonada...

1 comentário:

Ana Galvão disse...

Preferia o tempo das reclamações por telefone.

(então foi aí que ficou a meia!)