quarta-feira, setembro 06, 2006

Morte de cão

Foi após um telefonema que senti crescer os piores instintos. Não tragas mais as crianças para cá que ele até já mordeu a criada, que lhe dá de comer. Preso desde pequeno a uma corrente, era já um grande serra da estrela, que punha as patas nos meus ombros, intimidando-me, cada vez que ia à adega. Tinha ficado cada vez mais selvagem. O velho veterinário há meses que prometia fazer qualquer coisa, num outro dia, que nunca chegava. O vizinho de baixo tinha apelido alemão e uma pistola. Amanhã vou aí resolver o problema. Duzentos e tal quilómetros a ganhar coragem e uma explicação curta à chegada. Vai lá para dentro e fecha a porta. Foi complicado. A falta de treino não ajudou. Acabou enterrado lá ao canto do quintal, exterminado!

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